Em Araguatins, o PA Ouro Verde setor Barro Branco, recebeu, no último sábado (9), a visita da equipe técnica da APA-TO e de alunos e professores do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST-UFMA) sinalizando o início da parceria entre as duas instituições por meio do projeto de extensão “Ações formativas em tecnologias de alimentos em comunidades tradicionais da região Tocantina: saberes e beneficiamento de alimentos”.
A parceria surgiu depois da demanda apresentada pela APA-TO à Universidade Federal do Maranhão (UFMA) buscando aperfeiçoar o aproveitamento dos produtos do babaçu e de frutas desenvolvidos por grupos produtivos de quebradeiras de coco e de agricultores e agricultoras familiares na região do Bico do Papagaio.
“Em termos práticos a parceria com a universidade contribui com a formação e qualificação dos empreendimentos que estão se estruturando. Colaborando com a implementação de boas práticas de fabricação de alimentos e auxiliando nos procedimentos padrões de operações de controle e registro sanitário junto aos órgãos competentes”, destacou Mayk de Arruda, técnico da APA-TO.
Os grupos produtivos de quebradeiras de coco – organizados em torno da Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (ASMUBIP) – e das frutas nativas e plantadas pelas agricultores e agricultoras familiares – organizados na Associação dos Pequenos Lavradores do Projeto de Assentamento Ouro Verde do Setor Barro Branco (ASBB) – terão acesso à conhecimentos e técnicas contextualizados nas demandas das comunidades, através da realização de treinamentos em boas práticas de fabricação de alimentos, beneficiamento e comercialização de alimentos, elaboração de novos produtos derivados do coco babaçu e acompanhamento das etapas de produção da farinha do mesocarpo no entreposto do babaçu.
Para o presidente da ASBB, Antônio Barbosa Silva, a visita que ocorreu no último sábado marcou de forma positiva a parceria. “Esse primeiro momento já deu entusiasmo, pois a proposta de ações apresentada pela equipe trará benefícios para nossa comunidade, já que nos ajudarão em diversos setores e isso melhorará o nosso trabalho”, ressaltou.
O projeto é coordenado pela professora Adriana Crispim de Freitas e faz parte do Programa de Educação Tutorial (PET), para a primeira visita foram envolvidos 12 estudantes-bolsistas. “Essas parcerias possibilitam as ações com as comunidades e a realização de futuros projetos. É uma troca de conhecimento entre a universidade e a comunidade. Este primeiro contato foi fundamental para, por meio de diálogo, entender as verdadeiras necessidades e anseios, assim identificamos os pontos que devemos reforçar”, explicou a professora.
Durante a primeira visita foram coletadas amostras de polpas de frutas para a realização de análises microbiológicas e bacteriológicas e, também, ficou acordado o desenvolvimento de trabalho nas áreas da saúde do idoso e saúde da mulher.