O Bioma Cerrado ocupa cerca de 91% do território do Estado de Tocantins de acordo com o Mapa de Biomas do Brasil e o Mapa da Vegetação do Brasil (IBGE, 2007).
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão. Seus mais de dois milhões de quilômetros quadrados equivalem a 24% de todo o território nacional, guardando uma biodiversidade rica e impressionante. Existem no Cerrado em torno de 12 mil espécies vegetais (muitas das quais podem ser usadas para fins medicinais, na recuperação de solos ou na alimentação) e 320 mil espécies de animais, especialmente invertebrados ainda pouco conhecidos. Entretanto, a exploração desenfreada dos recursos naturais fez com que muitas das espécies do bioma entrassem em risco de extinção, como a arnica, a braúna, a arara-azul e o lobo guará.
Não há um volume muito expressivo de águas superficiais no Cerrado, porém sua geografia, composta por planaltos, faz com que o alto potencial hídrico dos lençóis freáticos tenha papel fundamental na manutenção das bacias hidrográficas brasileiras. A instalação de usinas hidrelétricas para exploração desse recurso causa grandes impactos ambientais na região, como perda da biodiversidade, alagamento de áreas e desmatamento. Além disso, a demanda de água para irrigação de monoculturas tem resultado no esgotamento de nascentes e rios.
As características do bioma criam condições favoráveis para que a parcela de sua população que não habita áreas urbanas seja composta principalmente por agricultores familiares, comunidades tradicionais (como quilombolas) e povos indígenas, que tiram grande parte de seu sustento da relação que têm com a terra.
O Cerrado está presente em grande parte dos estados de Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Além disso, ainda pode ser encontrado em pequenas áreas no Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, São Paulo e Paraná.