As organizações sociais e entidades de assessoria do Bico do Papagaio, ao longo de sua caminhada, têm construído inúmeras experiências com base agroecológica em diversas comunidades rurais da região, contribuindo para dar vida e sustentabilidade para as famílias camponesas e populações tradicionais e fortalecer núcleos de resistências à lógica dos grandes  projetos de agronegócio, hidronegócio e mineralnegócio.
 
E com o propósito de fomentar uma rede de referência de práticas agroecológicas; de fortalecer o movimento agroecológico, à nível regional e estadual, e de disseminar os conhecimentos gerados pelas experiências, as organizações sociais da região  realizaram  a 1º Oficina de Sistematização de Experiências Agroecológicas, com a assessoria da APA-TO e apoio do IAF.
Esta oficina ocorrida no dia 23 de junho, no Centro de Formação da ASMUBIP, em Augustinópolis, é o inicio de um processo participativo que durará quatro meses. Nas próximas etapas  agricultores e agricultoras que desenvolvem e vivenciam as práticas agroecológicas das experiências selecionadas serão envolvidos no processo de sistematização, onde a previsão é divulgá-las no caderno agroecológico da articulação estadual de agroecologia.
A perspectiva é tornar a sistematização das experiências agroecológicas uma prática cotidiana das organizações do Bico, aliada ao processo de intercâmbio e troca de experiência, promovendo a valorização dos conhecimentos e das práticas das comunidades rurais, dos(as) agricultores(as) camponeses, das quebradeiras de coco e dos quilombolas e o reconhecimento pelos diversos setores da sociedade.
O processo de sistematização é uma iniciativa da APA-TO, AEFA, AMB, ASMUBIP, Associação do Barro Branco e Associação do PA Canaã, CIMQCB, COOAF-Bico, MIQCB e STTR Regional de São Sebastião, Buriti e Esperantina e contará com a equipe de sistematização formada pelos(as) técnicos(as) dessas organizações e dos(as) estagiários(as) do curso de Biologia do IFTO Campus de Araguatins.